quinta-feira, 10 de março de 2011

Uma poesia...

RESERVA DA FOME AMAZÔNICA.

Cada mogno a um Menino
que a Amazônia pode dar
tira a fome da mazela
racionaliza o preservar.

De um solo muito pobre
se tira madeira nobre
que dirá o que há embaixo
ouro e petróleo em tacho.

Tudo feito com rigor
não da lei e nem da gente
a sábia forma de dar
quem define é o Ambiente.

E refeito com rigor
sem uma tábua escapar
quas digitais do gringo,
pro Menino não chorar.

Calma gente! eu explico
na ciência vou provar
Quem diz isto é o Beccaria
antes d`eu aqui estar.

Diz o Marquês lá da Itália
que o homem pra conviver
precisa ser compelido
pois "sempre mais" quer merecer.

O papel do meio ambiente
que bem sabes estudar
naturalmente se impõe
indicando como explorar.

Fazer cumprir o prescrito
é de difícil missão
ou botamos mãos à obra
ou larga tudo à Nação.

Se por conta da Nação
tudo fica ao deus-dará,
se Instituir então
tudo tende a piorar.

Quinstituição que nada!
Instituído tudo está.
A capivara é tão bela
tanto de ver ou jantar.

Saciado o Menino
findo o mogno e a manga-rosa
tudo vive e regenera
A natureza é poderosa.

Seja breve a decisão
a fome vive a cobrar
o Menino que padece
não merece esperar

Temos em mãos a Ciência
tudo se pode intervir
tanto de bom pra ruim
quanto pra progredir

Botam medo em nossa gente
com previsões duvidosas
poluição e desertos
inundações horrorosas.

Quem fez Deus e o Diabo
pensando em se confortar
não pode ter medo da mata
nem das forças do além-mar.

Ficaqui minha reserva
não da lei mas do pensar
"o que desusa atrofia"
"em se plantando tudo dá."
Mauro Zurita Fernandes