quinta-feira, 24 de março de 2011

Praia de Ipanema é uma restinga. Seu fim é questão de tempo... geológico.

Os imponentes prédios da Praia de Ipanema estão construidos sobre uma restinga. E a destuição desse bairro é uma questão de tempo... geológico mas é.

As restingas são exemplos crassos de que o clima não para e está em constante mudança promovendo sempre novas topografias e acidentes geográficos.

Se há culpa do homem nesse processo não é por conta da mudança do clima. Não mesmo!
Mauro Zurita Fernandes.


“As restingas começaram a surgir há milhares de anos, com o recuo do mar, e ainda hoje estão sob um dinâmico processo de montagem-desmontagem
Na formação das restingas entram quatro fatores básicos:

1. Oferta de sedimentos - areias; o tipo de sedimentos varia com as fontes, que em geral são as rochas costeiras, ou o material existente no fundo oceânico, ou trazido do interior do continente pelos rios.

2. Correntes de deriva - são as correntes paralelas à costa, formadas pelas ondas que chegam oblíquamente. Essas correntes transportam os sedimentos.

3. Obstáculos retentores - ilhas, recifes, pontais, etc, que barram o fluxo de sedimentos, formando bancos de formas diversas; obstáculo retentor também pode ser a força de saída da foz de um rio, formando uma barreira de água.

4. Variação do nível do mar - essa variação permitiu há alguns milênios atrás que os bancos de areia, antes submersos, fossem expostos como terra firme; a variação do nível do mar também determina a linha de arrebentação das ondas e o deslocamento dos bancos de areia. Quando o nível do mar sobe, o mar avança (transgressão), quando desce, ele recua (regressão), deixando bancos de areia e outros sedimentos - as restingas.”
http://litoralbr.vilabol.uol.com.br/restingas.htm

“Um dos motivos da baixa procura da “Praia da Restinga” para moradia eram as freqüentes enchentes provocadas pelas chuvas na Lagoa Rodrigo de Freitas, que, só possuindo um vazadouro para o oceano, alagava os terrenos circundantes, destruindo as casas.




Para resolver esse problema, apresentou o Barão de Ipanema um plano ao Govêrno Imperial para o saneamento da Lagoa. Pretendia o Barão captar as águas da Lagoa por enorme cano com um metro de diâmetro e conduzi-las por duto até a altura de Copacabana, onde desaguariam no Atlântico. O plano não foi adiante e é bem difícil que resolvesse alguma coisa, pois para Tal deságüe precisar-se-ía de duto muito maior. Só em 1920 foram realizados os canais que resolveram o problema.

Em 1920/22 essa ponte seria melhorada pelo Prefeito Carlos Sampaio, com projeto do engenheiro Francisco Saturnino de Brito (1864-1929) cujo filho, o também engenheiro Fernando Saturnino de Brito (1914-196?) era morador da Barão da Torre, 698; e, até 1938, foi a única ligação de Ipanema com Leblon.

Quando era dia de ressaca, o Leblon ficava isolado.

Diga-se a verdade, o Engenheiro Del Vecchio era o grande “remendão” das praias da zona sul, haja vista que ele reconstruiu as avenidas Atlântica, Vieira Souto e Delfim Moreira, após as três grandes ressacas que destruíramnas em 1918, 1921 e 1923.
http://www.sindegtur.org.br/2010/arquivos/ipanema.pdf

As ressacas são normais e históricas.